
Jovens circulando com laptops debaixo do braço, empresas de Tecnologia da Informação (TI) em abundância e universidades especializadas no setor. Parece uma descrição do Vale do Silício — reduto tradicional de companhias de TI nos Estados Unidos —, mas é uma projeção do que o bairro do Quitandinha, em Petrópolis, deve se tornar em alguns anos. O projeto do Parque Tecnológico da Região Serrana acaba de ser entregue oficialmente pelo prefeito Rubens Bomtempo. E o vice-diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Leon Sinay, afirma que já existem negociações para a aquisição de dois terrenos no Quitandinha. Lá, funcionarão empresas de TI, centros de pesquisa para computação de alto desempenho, um museu especializado e uma universidade federal, cujo nome ainda não pode ser divulgado.
Uma das gigantes que já demonstraram interesse em ir para Petrópolis é a multinacional Microsoft. A expectativa é de que as obras dos dois complexos comecem em 2014 e fiquem prontas em dois anos. O investimento inicial foi calculado em R$ 20 milhões para o primeiro ano.
— Desde que o LNCC veio para o município, nos anos 80, sonhamos fazer um parque tecnológico e organizamos o Movimento Petrópolis-Tecnópolis. A intenção é transformar a cidade numa referência para a alta tecnologia. Queremos implantar uma rede metropolitana de alta velocidade, baseada em uma infraestrutura com 20 quilômetros de fibra ótica — diz Sinay.